São cada vez mais frequentes os relatos de bullying em todo o mundo, principalmente em meio escolar. Por outro lado, o cyberbullying é também, um fenómeno em crescimento, por vezes com consequências devastadoras. Passamos a alguns casos.
Quaden Bayles (Austrália)
O caso de bullying sofrido pelo menino australiano de 9 anos, Quaden Bayles, que tem nanismo, foi difundido nas redes sociais por todo o mundo.
A mãe desta criança filmou-o após o ter ido buscar à escola e ter presenciado uma agressão no carro a dizer que queria morrer, e a mãe com medo que ele se suicidasse pediu conselhos para ajudar o filho, vítima de bullying, exigindo que alguém acabasse com aquela situação.
Verificou-se uma onda de solidariedade a nível mundial. Milhões de pessoas sentiram empatia pelo sofrimento da criança incluindo várias celebridades e foi a um campeonato de rugby ver o seu ídolo
e ainda fizeram uma angariação de fundos para levar a mãe e o filho à Disney.
Daniel Rebelo (Portugal)
Aos 17 anos o português Daniel Rebelo, participou do "Ídolos", programa da SIC, realizado no ano de 2015. O jovem foi humilhado pela a apresentadora por causa do tamanho de suas orelhas. Por este motivo, suas fotos foram alteradas e difundidas nas redes sociais.
A crueldade foi tanta que o jovem não quis voltar à escola. Isolou-se em casa e a única vez que saiu, na sequência do acontecido, usou um gorro e um casaco com capuz para não ser reconhecido.
Após ter sofrido de depressão, bullying e a morte da avó, Daniel teve a vida transformada com a operação às orelhas e a troca de sexo, passando a chama-se Alexa Devni.
Alexa recuperou a auto-estima, está a fazer tratamentos hormonais e está na lista de espera para uma operação que lhe permitirá a mudança do órgão sexual. Confira a reportagem que mostra a transformação da vida do Daniel.
Professora é vítima de bullying (Portugal)
O bullying não atinge apenas os mais jovens. Prova disto foi o relato de uma professora à direção do Blog ComRegras, relativamente às constantes ameaças que tem sofrido.
A professora acompanha uma aluna há três anos. As ameaças tiveram início em meados do ano passado, e têm se agravado nos últimos meses, com agressões, humilhações e gestos obscenos. Uma frequente perseguição quer na sala de aula, no pátio ou mesmo nas imediações da escola eram os atos de que se queixava.
"Tenho sido enxovalhada, agredida, perseguida, insultada e filmada por uma aluna. Na sala de aula, no pátio e nas imediações da escola sou chamada de puta, cabra, maluca, demónio. A aluna faz-me gestos obscenos com o dedo e depois filma-me com o telemóvel para registar a minha reação".
A professora acompanha uma aluna há três anos. As ameaças tiveram início em meados do ano passado, e têm se agravado nos últimos meses, com agressões, humilhações e gestos obscenos. Uma frequente perseguição quer na sala de aula, no pátio ou mesmo nas imediações da escola eram os atos de que se queixava.
"Tenho sido enxovalhada, agredida, perseguida, insultada e filmada por uma aluna. Na sala de aula, no pátio e nas imediações da escola sou chamada de puta, cabra, maluca, demónio. A aluna faz-me gestos obscenos com o dedo e depois filma-me com o telemóvel para registar a minha reação".
A facto foi participado à direção, mas esta, não levou a sério a denúncia da professora.
Acompanhe na íntegra depoimento da professora em: 👉(ComRegras - Direção ignora professora ameaçada, insultada, perseguida e filmada por aluna)
Jovem vítima de Cyberbullying (Portugal)
Tudo começou quando Maria (nome fictício) recebeu e-mails que a incitava a seguir links na Internet. Os links direcionavam-na para múltiplas páginas, com fotografias da jovem e outras fotos e vídeos adulterados de cariz sexual como se fosse a mesma fotografada ou gravada. O Agressor criou mais de 80 perfis falsos da Maria nas redes sociais onde constavam os números de telefone, incluindo o de casa dos seus pais, para onde passaram a ligar centenas de homens à procura dos serviços sexuais que as ditas páginas publicitavam.
"O meu rosto e o meu nome foram associados a conteúdos tão ordinários que cheguei a ter vergonha do meu nome e de mim, sabe? Consegui manter a consciência ao separar as coisas: não, aquela não sou eu". Não era, de facto. Mas houve momentos tão duros que chegou a pensar "terminar com a vida e, assim, com o sofrimento. Pensei em suicídio, pensei. Era tudo tão horrível que cheguei a achar que não ia aguentar. Precisei de apoio psicológico, o que senti como uma espécie de humilhação sendo eu psicóloga, mas resisti".
Foram oito meses até que Maria descobrisse o responsável pelos seus sofrimentos. O antigo director de um centro espírita do Porto, um investigador de astrofísica e professor universitário, a quem Maria substituíra no cargo e por quem tinha grande respeito e confiança. 👉 Cyberbullying: Inimigo sem rosto
Outros casos
👉Casos de bullying que chocaram Portugal👉 Adriana Rodrigues e José Melo - Portugal
👉Amanda Todd - Canadá
👉Júlia Rebeca - Brasil
👉Tyler Clementi - Estados Unidos da América
👉Ryan Patrick Halligan - Estados Unidos da América
👉Megan Meier - Estados Unidos
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